Colher de remo
- Loris Reggiani

- 16 de jul. de 2020
- 1 min de leitura

Vou te encontrar
Nem que eu escave o horizonte
Com um pó de poucas certezas
Vou te encontrar
Numa sombra de fim de tarde
Em linhas de nós
Frutos ao pé do barranco
Flores em bouquets costurados
Máscaras
Esconderijos
E um pouco de sarcasmo
Me pergunto se já passou por aqui
No meio dessas revoadas
Ou se é só mais um daqueles fantasmas
Que a gente jura que existe
Mas tem medo de olhar pra ver
Te digo que você vai encontrar
Um cara em formação
Deformado por sutilezas
Talvez mais lapidado do que brilhante
Fosco, dependendo de onde você olhar
Te digo que vai encontrar um sonâmbulo flutuando
De olhos abertos
Esperto desperto
Tentando entender o que as músicas querem dizer
Quando tocam em modo aleatório
Quais frases estão ali para se combinar
Ou para não se combinar
Confundir
Minha noiva de acetona
Te digo que tem muito o que você ver
Um pouco insensível talvez
Sem algumas notas
E sem algumas engrenagens
Nesse pó de horizonte
Que o vento sopra pra longe
E meu barco a vela
Não sabe se guiar
Sozinho
Mergulho
Raios de Sol
Levarão minha mensagem
Até você…











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