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Colher de remo


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Vou te encontrar

Nem que eu escave o horizonte

Com um pó de poucas certezas

Vou te encontrar

Numa sombra de fim de tarde

Em linhas de nós

Frutos ao pé do barranco

Flores em bouquets costurados

Máscaras

Esconderijos

E um pouco de sarcasmo

Me pergunto se já passou por aqui

No meio dessas revoadas

Ou se é só mais um daqueles fantasmas

Que a gente jura que existe

Mas tem medo de olhar pra ver

Te digo que você vai encontrar

Um cara em formação

Deformado por sutilezas

Talvez mais lapidado do que brilhante

Fosco, dependendo de onde você olhar

Te digo que vai encontrar um sonâmbulo flutuando

De olhos abertos

Esperto desperto

Tentando entender o que as músicas querem dizer

Quando tocam em modo aleatório

Quais frases estão ali para se combinar

Ou para não se combinar

Confundir

Minha noiva de acetona

Te digo que tem muito o que você ver

Um pouco insensível talvez

Sem algumas notas

E sem algumas engrenagens

Nesse pó de horizonte

Que o vento sopra pra longe

E meu barco a vela

Não sabe se guiar

Sozinho

Mergulho

Raios de Sol

Levarão minha mensagem

Até você…


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